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Fronteira do Desejo

Fronteira do Desejo

Clã Brunson
Rumores da corte dão conta de que a rebeldia dos selvagens escoceses da fronteira tornou-se intolerável.

Sua majestade, o rei, ordena, então, que John Brunson retorne para seu clã...
Membro de um poderoso clã da fronteira, John não frequenta a torre de pedra dos Brunson há anos.
Agora, ele não pode admitir a mera hipótese de um fracasso ao convencer seus parentes a honrar o apelo do rei?
John sabe que con­quistar Cate Gilnock, a órfã de uma família aliada, é funda­mental para o sucesso de sua missão.
Apesar de sua beleza misteriosa, Cate é imune a galanteios.
Ela esconde sua dor e seu sofrimento atrás de uma fachada fria e intrigante, que hipnotiza John em seu retorno para o clã guerreiro dos Brunson...

Capítulo Um

Meados de março, fronteiras da Escócia
Fim do verão de 1528
Algo estava errado. Ele podia sentir até mesmo daquela distância, em­bora não soubesse explicar como.
Fazia dez anos que John não pousava os olhos na casa-torre de pedra de sua família. Desde que fora enviado à corte do rei menino. Agora o rei crescera e o enviara de volta ao lar com uma missão. Ele pretendia cumpri-la rapidamente para que pudesse partir daquele lugar e nunca mais retornar.
Um raio de sol lançava filetes de sombras sobre o tapete verde da grama de verão. O cavalo se deslocou, e o mesmo aconteceu com o vento, trazendo consigo um lamento agudo e doloroso.
Fora aquilo que pressentira. A morte. Alguém morrera.
Quem?
John juntou as rédeas e incitou o cavalo a prosseguir, pensando na família que deixara para trás. O pai, o irmão mais velho e a irmã ca­çula. A mãe morrera havia 12 meses. Ao menos, o haviam notificado sobre isso.
A irmã era a única pessoa que John gostaria de rever.
Não podia garantir se estavam lamentando a morte de alguém da família. Havia outras pessoas que habitavam a torre. Mas John galopava cruzando o vale como se a hora de sua chegada tivesse importância.
Ao chegar ao portão, na barbacã que rodeava a torre, foi questionado, como esperava. John não reconheceu aquele homem.
Era um dos que não o reconheceria.
John removeu o elmo polido para exibir uma expressão amigável, satisfeito com o ar frio que lhe acariciou o rosto outra vez.
— Sou John Brunson. Agora, Sir John, cavaleiro do rei. — Esperara anos e milhas para dizer aquilo. — Diga a Geordie, o Ruivo, que seu filho mais novo está aqui. Diga-lhe que não ficarei por muito tempo.
O homem se inclinou para trás.
— Nada será dito a Geordie Brunson, o Ruivo. Ele jaz em seu leito de morte.
Em silêncio, John não conseguiu nem ao menos fingir pesar.
SlR John ou não, não havia como convencer o homem a deixá-lo entrar. Apesar do fato de as pessoas estarem chegando para o velório, fizeram. John esperou até buscarem o irmão, Rob, para lhe confirmar a identidade. Mas não podia culpá-los. Aquele era o costume na região fronteiriça.
Na verdade, não encontrara mais confiança por parte dos homens que cercavam o rei. Apenas não eram tão óbvios sobre suas suspeitas.
Rob, agora barbudo, mais alto e encorpado do que John se lembrava, estacou no caminho da ronda ao longo da parede da torre.
Com os braços cruzados e expressão de dúvida, deixou que John suasse sob a armadura que lhe cobria todo o corpo. Tanto o temperamento quanto a cor dos cabelos do irmão lhe renderam a alcunha de Rob Negro.
Agora, novas linhas lhe vincavam a testa, e John imaginou quantas haviam se aprofun­dado desde que Rob acordara e se descobrira o líder do clã de fronteira.
— Você afirma ser meu irmão? — Nem mesmo Rob conseguia reconhecê-lo com apenas um olhar.
John estava com 12 anos, começando a crescer, quando partira.
— Sim. Está olhando para o filho de Geordie, o Ruivo.


Clã Brunson
1- Fronteira do Desejo 
2- O limite da paixão
3- Prisioneira de um rebelde
Série Concluída




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