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Por Amor ou Dinheiro

Por Amor ou Dinheiro






Uma batalha entre razão e coração...

Sir Robin volta da índia para a Inglaterra pouco antes da morle do pai decidido a fazer a irmã se casar com um milionário americano, magnata do petróleo. Mas o destino tem seus caprichos. 
Alena apaixona-se por Vincent, um artista pobre, que vive exclusivamente de sua arte. 
Disposta a lutar pelo grande amor de sua vida, Alena sabe que, além de ter de escolher entre o amor e o dinheiro, ainda terá de vencer a forte oposição do irmão, que não aceita sua união com um pobretão. 
O futuro, porém, guarda mistérios e surpresas que os dois amantes nem sequer imaginam...

Capítulo Um

1891
O advogado terminou a leitura do testamento e, com expressão pesarosa, disse ao jovem herdeiro:
— Lamento, sir Robin, mas isso é tudo. Posso imaginar que esteja chocado depois do que ouviu.
— Mais do que chocado, sr. Lawson. Melhor seria dizer horrorizado ou estarrecido — corrigiu sir Robin Dunstead. — Na verdade não há termos capazes de expressar exatamente o que estou sentindo.
Sentada no sofá, junto de sir Robin, estava sua irmã, Alena, que apenas pousou a mão no braço no dele, indicando com o gesto que partilhava dos mesmos sentimentos.
— Não se preocupe, sir Robin. Ninguém mais, além de meus sócios, está a par de sua situação e jamais a revelaremos a quem quer que seja — acrescentou o advogado.
— Eu lhe agradeço por isso, sr. Lawson. Ao mesmo tempo, acho impossível não haver nas propriedades deixadas por meu pai alguma coisa que possa ser vendida.
O advogado, senhor idoso, de cabelos brancos, que havia trabalhado para o falecido sir Edward Dunstead durante mais de quarenta anos, conhecia melhor do que ninguém tudo o que se relacionava com a propriedade Dunstead. Compreendendo a ansiedade do herdeiro, esclareceu:
— Estou sendo absolutamente sincero, sir Robin. Afirmo que sir Edward vendeu tudo o que não se achava vinculado. Caso o senhor encontre alguns objetos que possa vender, pode ter certeza de que não se trata de nada valioso e irá apurar na venda bem poucas libras.
— E quanto às terras? — sir Robin indagou, esperançoso. — Sei que papai aumentou consideravelmente a fazenda com a compra de muitos acres vizinhos.
— De fato, ele comprou uma boa gleba anos atrás, mas vendeu-a logo no início da doença. — O advogado suspirou. — Além de não poder vender nada, o senhor vai precisar de dinheiro para os reparos mais urgentes nas casas, cocheiras e na pista de corridas.
Sir Robin, um belo cavalheiro de vinte e nove anos, ficou um instante em silêncio, pensativo.
Partira para a Índia havia seis anos e regressara à Inglaterra poucos meses atrás ao saber que o pai, sir Edward, oitavo baronete de Dunstead, se achava em estado de coma havia quase um ano, após uma doença que se prolongara por mais de dois anos.
Quando, na semana anterior, sir Edward falecera, os filhos, Alena e Robin, viram sua morte como um alívio, não só para o doente, como para a família, criados e enfermeiros que cui­davam dele.
Sir Edward sempre fora uma pessoa extremamente generosa, incapaz de negar ajuda a quem a ele recorresse, e vivera prodigamente. Os amigos costumavam dizer, não sem uma pontinha de ironia, que ele "vivia como um príncipe".

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