Bela e inocente...
Lady Tess desejava trazer novamente a paz ao seu amado Castelo de Remmington - mas ela nunca pensou que o preço a pagar seria o casamento com guerreiro mais famoso de toda a Inglaterra.
Feroz e destemido, Kenric de Montague nunca admitiu a derrota, e agora exigia a lealdade de Tess - e sua entrega total.
Mas como ela poderia dar-se a um homem que se comprometeu a mantê-la segura, mas fez aflorar suas paixões mais perigosas?
Marcado pela guerra e pelo segredo de seu nascimento, Kenric de Montague não pensava em se unir a nenhuma mulher... até que pôs os olhos em Tess de Remmington.
A bela mulher prometeu ser sua noiva.No entanto, mesmo quando ele cedeu a sua sede de possuí-la, prometeu a si mesmo que Tess jamais domaria seu coração selvagem.
Mas quando uma trama traiçoeira ameaça separá-los, Kenric encontra-se embainhando a espada - e arriscando sua vida - para salvar a única mulher capaz de capturar sua alma...
Comentário revisora Cléria Janice:A história é muito bonita e o casal de mocinhos nos propicia um rol de diferentes tipos de sentimentos. Em alguns momentos são encantadores e em outros se transformam em turrões e obstinados. Do inicio ao fim temos amor, desventura, aventura e momentos calientes, bem hots. Foi um prazer revisar “O Senhor da Guerra” e acredito que terão um prazer, maior ainda, ao desvendar o emaranhado de sentimentos e ações que culminam com o inebriante final.
Capítulo Um
Norte da Inglaterra, 1274
A invernal noite não era o bastante escura para a missão de Kenric. Seu olhar varreu a negra silhueta da torre de Langston, explorando as sombras das muralhas, procurando algum movimento fora do normal enquanto amaldiçoava, em silêncio, o céu espaçoso.
A brilhante meia lua tingia o terreno coberto de neve de um matiz azul prateado, fazendo de qualquer um que se aventurasse a descoberto fosse um alvo fácil para os guardas postados nas muralhas da fortaleza.
— Pode ser que isto seja uma armadilha, depois de tudo. — sussurrou FitzAllan .
Kenric assentiu, reconhecendo que era provável. Pôde ver o vapor de sua respiração, sob a débil luz da lua, se agitando inquieto, tentando se livrar do gélido ar noturno e de seus próprios receios.
Os bosques atrás deles lhe proporcionavam proteção. Seriam presas fáceis, se lhes estendessem uma emboscada.
O mesmo fato de que seu plano estivesse sujeito a que um escocês traísse a outro, quase garantia uma armadilha. Mas Kenric estava decidido a conseguir seu objetivo e FitzAllan não ousaria opor-se a sua decisão. Não quando o próprio rei participava da complexa trama.
— O plano parece muito singelo. — acautelou-lhe FitzAllan em voz baixa. — Deveríamos ter trazido alguns homens para nos dar retaguarda.
Kenric não respondeu. Estava olhando fixamente um grupo de grandes arbustos que cortavam uma ravina que levava até o castelo. As vagas silhuetas de duas figuras envoltas em capas foram definindo-se à medida que emergiam dos arbustos. Sua aproximação era anunciada pelo suave ranger da neve sob seus pés. Apesar do perigo em que se achavam, Kenric teve que conter-se para não rir quando avistou suas presas. Uma era alta e de grande envergadura, a outra, baixa e surpreendentemente volumosa. Os soldados de Kenric não poderiam evitar gargalhar quando vissem seus prisioneiros. Um urso e uma bola de manteiga não eram troféus apropriados para dois dos cavalheiros mais ferozes da Inglaterra. Cinco anos em Gales, sofrendo todas as penalidades que pudesse conhecer um guerreiro, e esta seria sua recompensa?
— Talvez seu rosto não seja tão desagradável de contemplar como sua pessoa — sussurrou FitzAllan , rindo na escuridão. É a mulher de formas mais estranhas que jamais vi.
O homem que se aproximava levantou a cabeça como se tivesse farejado o perigo. Kenric se moveu silenciosamente para os arbustos, desaparecendo entre as negras sombras do bosque. FitzAllan se agachou próximo ao chão, observando às duas estranhas silhuetas enquanto caminhavam com cautela procurando se ocultar.
Detiveram-se a menos de dez passos de distância. — Isto poderia ser uma armadilha, tio lan.
A suave voz feminina pertencia à bola de manteiga. Suas palavras agradaram a Kenric grandemente. Que sua presa compartilhasse sua preocupação era um bom sinal.
A mulher jogou para trás seu capuz para poder olhar ao redor da pequena clareira, escrutinando o escuro bosque enquanto sussurrava sua advertência.
— Acredito que seria melhor que escapássemos por nossa conta enquanto possamos. Posso cobrir suas costas se nos encontrarmos com bandidos. É óbvio que não virá ninguém. Saiamos daqui.
A mulher soltou um grito afogado no mesmo instante em que seu tio se voltou com sua espada desembainhada.
— Ponha sua espada no chão, laird Duncan. Devagar. — ordenou Kenric.
Ian Duncan não se moveu. A lua proporcionava suficiente luz para que Kenric pudesse distinguir a forma do lorde escocês, mas sua expressão permanecia oculta pelas sombras da noite.
— Faça o que lhe digo!
Série Remmington
1– O Senhor da Guerra
2– Acorrentados
3– El Duque – em revisão
4– O Guerreiro Sombrio