Um guerreiro em rebelião.
Soren Fitzrobert já fora um homem irresistível para as mulheres.
Porém, um ferimento brutal mudou sua vida para sempre. Agora Soren busca vingança e exige se casar com a filha de seu inimigo.
Um castigo bárbaro.
Temporariamente cega por conta das invasões, a inocente Sybilla estremece na presença daquele homem feroz e coberto por cicatrizes.
Porém, seu tremor não se deve somente ao medo...
Um toque de perdão?
Forçada a se casar, Sybilla terá de aceitar a sedução de Soren. Para satisfazer os desejos carnais de seu marido, ela usará os, sentidos que lhe restaram, um de cada vez.
E a mulher que Soren estava decidido a escravizar se torna cada vez mais dona de seu coração...
Eles nasceram para conquistar... e seduzir!
Capítulo Um
Rennes, Bretanha Primavera, 1066
— Olhe para ela — ordenou Simon, indicando com a cabeça sua... esposa. Era estranho e novo chamá-la assim, o que não era difícil de entender, pois haviam se casado naquela manhã. — Apenas olhe para ela. — Seu sangue esquentou só de mirá-la.
Giles, Brice e Soren viraram-se para olhar através do salão, para onde as mulheres estavam sentadas, em grupos, durante a festa de casamento. Elise estava com sua mãe e suas primas, conversando e seduzindo-o com seu comportamento inocente e sua beleza simples.
— Ela parece feliz, Simon — afirmou Brice. — Embora eu esteja surpreso por ela estar aqui.
Simon virou-se e percebeu que seus amigos olhavam para a mulher errada. Antes que pudesse corrigi-los, Giles interrompeu:
— Eu também. Alianor parece estranhamente contente para uma mulher que está perdendo seu amante e protetor para uma esposa. — Giles ergueu o copo para Simon e, depois, para Soren. — Quiçá ela esteja à procura de outro, Soren. O que acha de sua beleza e seu comportamento?
Soren abriu a boca para falar, mas, em vez disso, riu.
— Vou esperar para ver como as coisas vão entre Simon e a esposa. Ele pode acabar logo de volta à cama de Alianor, e meus esforços teriam sido em vão.
O violento xingamento proferido por Simon acabou com a discussão sobre sua amante e assustou algumas pessoas mais próximas. Virando-se de costas para eles, abaixou a voz:
— Eu estava falando de Elise, seus imbecis, não de Alianor.
— Simon virou o resto do vinho. — Desgraçados — praguejou, baixinho.
— Sem dúvida, milorde — disse Giles, acenando com a cabeça. Aproximando-se, bateu nas costas de Simon e riu. — Só queríamos tranquilizá-lo.
— Sou assim tão transparente? — Simon podia sentir a ansiedade crescendo dentro de si enquanto esperava pela noite... e por levar Elise para a cama. Desejava-a desde que a vira descer do cavalo em frente ao castelo e, agora que ela era sua aos olhos da lei, desejava-a ainda mais.
— Tanto quanto qualquer outro noivo, Simon — disse Brice.
Tomando a olhar através do salão, ele a viu sorrir e concordar com algo dito por uma mulher. Seu corpo reagiu intensamente à beleza e à feminilidade de Elise. A ideia de abraçá-la, tocá-la, sentir o gosto do seu perfume e iniciá-la nos prazeres da cama conjugal fizeram-no tomar a enrijecer.
Então, enquanto via seus amigos mirando-a, foi atingido pelo ciúme.
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